Numa altura em que se sucedem as denúncias de casos de pedofilia praticados por padres, a congregação católica Legionários de Cristo pediu ontem perdão às vítimas de abusos sexuais cometidos pelo seu fundador, o padre mexicano Marcial Maciel.
"Queremos dirigir-nos a todos os que foram afectados, feridos ou escandalizados pelos actos reprováveis do nosso fundador. Pedimos perdão a todas as pessoas que o acusaram no passado e em quem não acreditámos ou que não soubemos ouvir", lê-se num comunicado emitido por esta congregação ultraconservadora, que reconhece que o padre Maciel abusou de vários seminaristas, teve uma filha com uma mulher e outros dois filhos com outra. Os Legionários de Cristo já haviam pedido perdão aos filhos do fundador, que afirmaram ter sido vítimas do sacerdote, afastado em 2006 por Bento XVI, após ter sido figura de relevo no Vaticano durante o pontificado de João Paulo II.
Entretanto, o Vaticano desmentiu a notícia avançada na semana passada por jornais alemães, e ontem sublinhada pelo ‘The New York Times’, dando conta de que o actual Papa Bento XVI permitiu, em 1980 – quando era apenas arcebispo de Munique – que o sacerdote alemão Peter Hullerman, acusado de abusos sexuais, permanecesse em funções.
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