António Indjai, o líder do Comando Mansoa, o mesmo que é suspeito de ter executado o ex-presidente João Nino Vieira na noite de 2 de Março do ano passado, é o homem que está por trás da nova intentona na Guiné-Bissau, liderando o sequestro do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta. Ao seu lado coloca-se o contra-almirante Bubu Na Tchuto, que se encontrava refugiado na representação da ONU.
Os militares revoltosos assaltaram a Primatura (gabinete do primeiro-ministro), fizeram refém Gomes Júnior, o mesmo tendo acontecido a Induta. Os dois foram levados para a Fortaleza de Amura, de onde saiu, horas depois, o primeiro-ministro, que foi transportado para a sua residência particular em Bissau, onde ontem se mantinha sob prisão. Em conferência de Imprensa, Indjai, já ladeado por Na Tchuto, que entretanto saíra da delegação da ONU, ameaçava matar Gomes Júnior se a população saísse à rua. E afirmou que tanto aquele como Induta seriam demitidos e julgados como criminosos. Ao final da noite de ontem, no entanto, os militares abandonaram a residência de Gomes Júnior, vigiada apenas pela polícia de intervenção.
Por detrás do novo golpe está mais uma vez uma luta pelo poder no meio castrense. Apesar de ter sido Indjai a comandar as operações que culminaram na morte de Nino Vieira, foi Induta quem deu a cara no dia seguinte, explicando ao Mundo que "um grupo de cidadãos decidiu executar o presidente". Começou aqui a sua ascensão, confirmada, dias depois, com a chefia do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Uma romoção vista com bons olhos por Indjai, apesar de ter sido nomeado nº 2 da hierarquia militar. Insatisfeito, aproximou-se do arqui-rival de Induta, o contra-almirante Bubu Na Tchuto. Tido como um dos barões da droga no país, Bubu exilou-se na Gâmbia em Agosto de 2008, acusado de tentativa de golpe de Estado contra Nino. Regressou clandestinamente a Bissau, em Dezembro. Segundo fontes na capital, voltou porque tinha garantias de que nada lhe aconteceria. Sabe-se agora que foram dadas por António Indjai.
Marcos diz : CALMA.SERENA E TRANQUILA NÃO PODE VIVER A NOSSA AFRICA.JÁ NÃO O BASTA TANTA MISÉRIA NESTE CONTINENTE.
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