Padrasto torturou bebé por vingança

O Brasil está em estado de choque com o drama do bebé de dois anos internado em estado grave com dezenas de agulhas introduzidas no corpo pelo padrasto, em rituais de magia negra, na localidade de Ibotirama, interior do estado da Bahia. O agressor, Roberto Carlos Magalhães, está detido, e confessou as torturas infligidas ao menino para, afirmou, se vingar da mãe do bebé e conquistar uma amante.
Pedreiro de profissão, o criminoso confesso explicou que há cerca de um mês que as agulhas estavam a ser introduzidas no corpo da criança, num ritual em que participava a sua amante, Angelina Capistana Ribeiro dos Santos, de 47 anos, também já detida. A criança era levada para uma casa e, em cada sessão, os dois, com a ajuda de uma mãe de santo, espetavam no bebé três a quatro agulhas. O agressor confessou ainda que queria vingar-se da mulher, Maria Sousa Santos (mãe da vítima) e conquistar a amante. As agulhas foram descobertas em radiografias realizadas no Hospital de Ibotirama, onde a Maria Sousa Santos decidiu levar o menino, que se queixava de dores.
A criança foi transferida para um hospital na capital do estado, Salvador, onde uma equipa multidisciplinar estuda agora o melhor procedimento para a salvar.
Os médicos afirmam que em princípio apenas irão extrair as agulhas que ameaçam órgãos vitais, nomeadamente as que estão espetadas no coração e na medula cervical.
"AVALIAR QUAIS AS QUE DEVEM SER RETIRADAS"
"Este caso envolve uma equipa multidisciplinar. É preciso avaliar quais as agulhas que colocam em risco a vida da criança para depois as retirar", afirmou ao CM o cirurgião Carlos Santos, do Centro Hospitalar do Alto Ave.
Ressalvando que não conhece o caso, o médico afirma que à partida deverá ser feita uma primeira intervenção cirúrgica para retirar as agulhas que fazem perigar a vida da criança. "Ter agulhas no coração, nos rins ou no intestino é uma situação extremamente grave", considerou o cirurgião, adiantando:"A criança corre risco de vida tendo as agulhas em órgãos vitais, e correrá também durante a cirurgia. Os médicos tomarão decerto todas as medidas de segurança necessárias, mas não são deuses."
APONTAMENTOS
OPERAÇÃO EM 1993
Um menino com um ano e oito meses, com 13 agulhas no corpo, foi operado no Hospital de São Paulo, em 1993. Os médicos só lhe retiraram uma agulha que ameaçava um órgão vital. As outras estão até hoje no corpo da criança.
4 CRIANÇAS EM 2000
2000 foi o ano de maior incidência de casos no Brasil de crianças com agulhas no corpo. Pelo menos quatro casos foram registados no Recife, estado de Pernambuco, e São Luis, capital do estado do Maranhão.

Marcos diz: PRIMEIRO É A FALTA DE DEUS NA VIDA DO PADASTRO E A FORMAÇÃO EDUCACIONAL E A INSTITUIÇÃO FAMILIA DIVINA DESTRUIDA.