António Indjai, vice-Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, que com Américo Bubo Na Tchuto, ex-chefe da Armada, protagonizou um golpe de estado na Guiné-Bissau na quinta-feira, pediu ontem desculpa por ter ameaçado matar o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, se a população que saiu à rua para o apoiar não regressasse a casa. O presidente Malam Bacai Sanhá multiplicou-se ontem em diligências para retirar o país de mais uma crise política, e o chefe do governo assegurou que se mantém no cargo. "Peço desculpa ao povo pelas palavras que proferi. Tinha muita pressão sobre mim devido à aglomeração de pessoas nas ruas", afirmou Indjai após reunião com o chefe de Estado. Fontes da presidência garantiram ao CM que, na reunião que manteve com os golpistas, Bacai Sanhá chamou-lhes "ridículos" e acusou-os de não terem consciência do que tinham feito, nomeadamente dos financiamentos ao país que tinham posto em causa.
Foi após esta reunião que os soldados abandonaram a casa onde Carlos Gomes Júnior era mantido sob prisão domiciliária e também que Indjai, que se se autoproclamara CEMGFA, declarou que não detinha aquele cargo. "Zamora está detido juntamente com o coronel Samba Djaló, mas não lhe fizeram mal. Terá de responder na Justiça pelos males que fez. As Forças Armadas vão aguardar pela nomeação de um novo responsável", afirmou em Bissau, cidade que regressou ontem à normalidade.
Marcos diz : GOLPE MILITAR ISTO É COISA DO PASSADO NÃO FAÇAM ESTE TIPO DE ATITUDE TRANSLOUCADA .A DEMOCRACIA É O MELHOR CAMINHO
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